sábado, 12 de fevereiro de 2011

À beira de um túmulo


Ela tão querida enxugava seu rosto,

num gosto o gasto desnecessário de uma vida de tristezas,

num campo suas lembranças amargas,

deixadas à beira de um túmulo,

seu sustento, as lembranças de um passado glorioso,

calmamente exposto o seu medo tão leal acompanha sua sombra,

sua voz no horizonte tão lento,

por tantos chamam,não há ninguém, não há palavras,

vida desprezada, o vento de algum lugar sopra,

o seu mais perfeito submundo, trancado,

subitamente escuro, na memória, na solidão de uma vida perdida;

Estendida entre os corpos enterrados no chão ela chora,seu lamento,

Seu veneno hoje lhe ataca em agradecimento a sua nobre coragem,generosidade de alguém tão imaturo, generosidade de um mundo tão divertido,

Contido de promessas falsas, o mundo hoje te estende a terra para que nela chore o necessário,

E viva mais uma vez a morte,

A sua morte,

A dor de quem tu matastes,

A dor de quem hoje te mata.

Nenhum comentário:

Postar um comentário